The dejudicialization of probate and consensual divorce: impacts and challenges of performing notarial acts involving minors and incapacitated individuals
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.2071Keywords:
Dejudicialization. Principles. Minors and Incapables. Divorce and Inventory.Abstract
This study focuses on the dejudicialization of probate and consensual divorce processes in Brazil, especially when minors or incapacitated persons are involved. It analyzes the impacts and challenges arising from carrying out these procedures in the extrajudicial sphere. The main goal is to reflect on the practical and legal consequences of this flexibilization, aiming to balance procedural efficiency with the protection of fundamental rights. To achieve this, the implications of transferring these procedures to notary offices are investigated, paying attention to procedural speed, legal certainty, protection of vulnerable individuals, the role of the Public Prosecutor's Office, and the necessary consensus among involved parties. Law No. 11.441/2007 was an initial milestone, allowing probate, partition, and consensual divorces to be conducted outside the judiciary, provided there was no litigation or interest from incapacitated persons. Later, the Civil Procedure Code of 2015 incorporated these innovations in Articles 610 and 611, and the National Justice Council regulated notary activities through Resolution No. 35/2007. More recently, Resolution No. 571/2024 introduced significant updates to the previous regulation, expanding the possibility of drafting extrajudicial acts even in the presence of minor or incapacitated heirs, as long as their interests are protected and the Public Prosecutor's Office is involved. The research adopts a qualitative, exploratory, and descriptive approach, based on bibliographic review and document analysis, utilizing doctrinal sources, academic articles, legislation, resolutions from the National Justice Council—especially Resolution No. 571—as well as statistical data and concrete cases from notary offices. It concludes that dejudicialization represents a necessary and effective advancement, promoting faster access to justice and helping to reduce the overload of the Judiciary.
Downloads
References
ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes de. Órgãos da Fé Pública. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1963.
BEZERRA, A. F. (2020). A desjudicialização do direito sucessório no Brasil: inventário extrajudicial como solução para a crise do poder judiciário. Revista de Direito e Política, 1(1), 25-42.
BRANDELLI, Leonardo. Teoria Geral do Direito Notarial. São Paulo: Saraiva, 3ª Edição, 2009.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994. Dispõe sobre a atividade notarial e de registro e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 nov. 1994. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8935.htm. Acesso em: 05 de abr. de 2025.
BRASIL. Lei nº 11.441, de 4 de janeiro de 2007. Altera dispositivos da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e do Código de Processo Civil, para permitir a realização de inventário, partilha, separação e divórcio pela via administrativa. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 jan. 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2007/L11441.htm. Acesso em 05 de abr. de 2025.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Institui o Código de Processo Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 mar. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l13105.htm. Acesso em: 06 de Abr. 2025
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 35, de 26 de março de 2007. Estabelece normas e diretrizes para o funcionamento do serviço extrajudicial de notas e registro no Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 mar. 2007. Disponível em: http://www.cnj.jus.br. Acesso em: 06 de abr. 2025.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução 571 de 26.08.2024. Altera a Resolução CNJ nº 35/2007, que disciplina a lavratura dos atos notariais relacionados a inventário, partilha
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 jul. 1990. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm> Acesso em: 05 abr. 2025
BRASIL. Lei nº 11.441, de 4 de janeiro de 2007. Dispõe sobre a possibilidade de inventário, partilha, separação e divórcio consensuais por escritura pública. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 jan. 2007. Seção 1, p. 1.
CASSETTARI, Christiano. Separação, Divórcio e Inventário por Escritura Pública: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Método, 2008. p. 27-28.
CASSETTARI, Christiano (coord.); RODRIGUES, Felipe Leonardo; FERREIRA, Paulo Roberto Gaiger. Tabelionato de notas. 7. ed. Indaiatuba, SP: Foco, 2024. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 06 maio 2025.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). Justiça em números 2024 / Conselho Nacional de Justiça. – Brasília: CNJ, 2024. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wpcontent/uploads/2024/05/justica-em-numeros-2024.pdf. Aceso em 29 de abr. de 2025
DE SOUZA, Rafaela Macedo; STEFANINI, Marília Rulli. Um estudo do procedimento de divórcio realizado por via extrajudicial. 2023.
DINIZ, Nikole Cirilo. A importância do inventário extrajudicial como forma de desjudicialização no direito brasileiro. Cadernos Jurídicos da Faculdade de Direito de Sorocaba, v. 2, n. 1, p. 94-109, 2020.
DIDIER JR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de direito processual civil. Salvador: Juspodivm, 2023.
FECCHIO, Mariceles Cristhina; MUNGO, Marileia Rodrigues. Da evolução histórica do princípio da celeridade processual. Revista de Ciências Jurídicas e Sociais da UNIPAR, v. 9, n. 1, 2006.
GAMA, Caroline Domingues de Souza Leite, OLIVEIRA, Yan Roberto Santos de, TEIXEIRA, João Pedro Marcelino Teixeira. Impactos da resolução nº 571/2024 do CNJ sobre o divórcio extrajudicial no Brasil: uma análise das alterações à resolução nº 35/2007. Revista Foco|v.17n.11|e6435|p.01-17|2024. Disponível em: https://ojs.focopublicacoes.com.br/foco/article/view/6435/4819. Acesso em: 20/04/2025
JABALI, Ricardo Guimarães. Princípio da celeridade e economia processual no âmbito dos departamentos judiciários. 2010.
LIMA, Janaina Mendes Barros de. Desjudicialização e a dinâmica dos divórcios consensuais: tendências, desafios e implicações para a administração da justiça. 2024. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Direito) – Centro Universitário Christus, Fortaleza, 2024.
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Inventário e Partilha: aspectos jurídicos e sociais. 1. ed. São Paulo: Editora Jurídica, 2017.
MELO, Fernanda Banhos Carneiro. Acesso à justiça e práticas colaborativas: mudança cultural no ensino jurídico para efetivação da garantia constitucional da duração razoável do processo. Dissertação (Mestrado em Direito) - Faculdade de Direito, Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Direito, Fortaleza, 2023.
OLIVEIRA, Euclides de; AMORIM, Sebastião. Inventário e partilha: teoria e prática. 25. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. p. 316.
PEDROSO, Alberto Gentil de Almeida; BOSELLI, Karine Maria Famer Rocha. A desjudicialização no Registro Civil de Pessoas Naturais do Brasil. Registrando O Direito, São Paulo, n. 40, p. 9-13, jun. 2024. Bimestral. Disponível em: https://www.arpensp.org.br/arquivos/publicacoes/registrando-o-direito/Registrando-o-Direito-040-maio-junho-24-ad196f1d7bb2d7ee.pdf. Acesso em: 27 set. 2024.
PEREIRA, Camilla Martins Mendes. A desjudicialização como forma de promoção do acesso à justiça no Brasil. Revista Cidadania e Acesso à Justiça, v. 6, n. 2, 2020.
RIBEIRO, Diógenes V. Hassan. Judicialização e desjudicialização: entre a deficiência do legislativo e a insuficiência do judiciário. Revista de informação legislativa, v. 50, n. 199, p. 25-33, 2013.
WALD, Arnoldo. Direito Civil: Direito das Sucessões. 14. ed., São Paulo: Saraiva, 2009, v.6.
WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso de Processo Civil. 6. ed. São Paulo: Editora RT, 2018;
WANDEKOKEM, FRANCIANE DE SOUZA. Inventário Extrajudicial: Benefícios, Requisitos e Procedimentos. 2017.