Educação sexual: saberes, percepções e práticas de estudantes do Instituto Federal do Maranhão – Campus São Luís Monte Castelo
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.2080Palabras clave:
Sexualidade, Gravidez precoce, Infecções sexualmente transmissíveisResumen
O estudo teve como objetivo investigar os conhecimentos, percepções e comportamentos de adolescentes e jovens adultos do IFMA – Campus São Luís Monte Castelo sobre sexualidade. Justifica-se pela relevância de compreender as lacunas no conhecimento e práticas dos estudantes em temas relacionados à sexualidade, considerando sua influência no bem-estar e no desenvolvimento juvenil. Com uma abordagem qualiquantitativa e descritiva, foi aplicado um questionário semiestruturado via Google Forms a 95 estudantes do ensino médio, com idades entre 15 e 17 anos, abordando temas como métodos contraceptivos, IST, gravidez precoce e sexualidade. Os resultados indicaram que 95,8% dos alunos sabem da distribuição de preservativos nos postos de saúde, mas apenas 26% e 25% citaram, respectivamente, as escolas e os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) como pontos de acesso. Observou-se que 84,4% desconhecem a PEP (profilaxia pós-exposição) e que, embora 74% tenham conhecimento sobre a AIDS, informações sobre outras IST foram consideradas insuficientes. Além disso, 95,8% reconhecem os impactos negativos da gravidez precoce, e 97,9% apoiam a discussão de sexualidade nas escolas, sendo que 76,8% ainda não iniciaram a vida sexual. Conclui-se que, embora os estudantes demonstrem certo conhecimento sobre métodos contraceptivos e reconheçam a relevância da educação sexual, há uma necessidade urgente de aprofundar temas como PEP e outras IST. Tal contexto reforça a oportunidade de fortalecer a educação sexual no ambiente escolar, abordando questões essenciais para prevenir riscos e promover saúde.
Descargas
Citas
BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para a educação em saúde sexual e reprodutiva. Brasília: Ministério da Saúde, 2021.
COSTA, R. et al. Conhecimento sobre HPV e adesão à vacinação entre adolescentes. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 45-56, 2020.
FERREIRA, M. et al. Desafios na implementação da educação sexual nas escolas do Maranhão. Revista Educação e Saúde, São Luís, v. 15, n. 2, p. 78-89, 2020.
FILHA, M. C. Sexualidade e Juventude: Um Estudo Psicológico. Recife: UFPE, 2019.
FREIRE, A. L. O Papel da Escola na Promoção da Saúde Sexual. Brasília: UNB, 2020.
FREITAS, M.; DIAS, R. Educação Sexual na Adolescência. São Paulo: Editora Acadêmica, 2012.
IBGE. Estatísticas de Gestações na Adolescência. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.
MARANHÃO. Secretaria de Saúde. Dados epidemiológicos sobre HPV e câncer de colo do útero no Maranhão. São Luís: SES/MA, 2021.
SANTOS, L. et al. Distribuição de preservativos nas escolas e redução da gravidez na adolescência. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 53, n. 3, p. 67-78, 2019.
SILVA, A. et al. Conhecimento sobre PEP e PrEP entre adolescentes no Brasil. Revista Brasileira de Saúde Sexual e Reprodutiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 2, p. 89-101, 2020.
UNESCO. International Technical Guidance on Sexuality Education. Paris: UNESCO, 2021.
WHO. Global Standards for Health Promotion and Sexuality Education. Geneva: WHO, 2023.