A demografia do Brasil no futuro: a taxa de fecundidade, projeção de idosos e seus reflexos na previdência
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.2171Palabras clave:
Previdência Social, Taxa de Fecundidade, Economia Pública, IdadeResumen
O Brasil sofre um declínio na taxa de fecundidade, causando um impacto demográfico que segundo os especialistas tende a diminuir a população a partir de 2048. A preocupação surge a partir de dados demográficos apresentados pelo IBGE. A idade mediana é um indicador que divide uma população entre os 50% mais jovens e os 50% mais velhos. No Brasil, de 2010 para 2022, a idade mediana subiu de 29 anos para 35 anos, evidenciando o envelhecimento da população. Na última pesquisa realizada no ano de 2024, evidenciou a antecipação da diminuição populacional começando a partir do ano de 2048, devido à diminuição na taxa de fecundidade. Em contrapartida, aumentou-se a expectativa de vida, gerando uma projeção de idosos. Partindo desses pressupostos, chega-se à conclusão de que os níveis de nascimento não serão suficientes para reposição sustentável da população e trará grandes desafios para a previdência Social. Diante desse problema, o projeto busca esclarecer quais os fatores causadores da diminuição da taxa de fecundidade e os impactos decorrentes dessa diminuição populacional na previdência, através da análise do agente gerador da diminuição de fecundidade, as mudanças no comportamento da população ao decorrer dos anos, as circunstâncias que fizeram chegar a esse número, como também, o aumento na expectativa de vida, e quais os desafios para a previdência diante dessas estatísticas. A partir dos dados divulgados, e da análise do comportamento populacional, busca-se respostas sobre o que pode ser feito para mudar essa realidade. O que antes tinham como indicadores da taxa de fecundidade os fatores: nível de escolaridade e renda, que diferenciava o número de filhos por mulher, agora está tudo igual. Outro aspecto comportamental da população, é o fator idade, em que as mulheres passaram a ter filhos em idade mais avançada. Diante das questões acima apresentadas, a pesquisa busca compreender os dados apresentados no ano de 2024, e então, entender os desafios da previdência e os reflexos na contribuição das novas gerações. Dentro deste contexto, este trabalho procura fazer uma contribuição na área da economia pública, abordando a repercussão da diminuição da população nos financiamentos da previdência, os efeitos na vida das novas gerações e como o ente Estatal tem se posicionado quanto ao problema, a partir do estudo dos impactos da diminuição populacional na previdência.
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