Tendência da mortalidade por câncer de bexiga no Brasil, 2014-2023
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.2050Palavras-chave:
Câncer de bexiga, Mortalidade, Análise TemporalResumo
Objetivos: Analisar a tendência temporal da mortalidade por câncer de bexiga no Brasil e suas regiões no período de 2014 a 2023.Métodos:Estudo ecológico, quantitativo, descritivo e exploratório, que analisou a mortalidade por câncer de bexiga no Brasil (2014–2023), com dados do SIM/DATASUS. Foram consideradas variáveis como ano do óbito, sexo, região, UF e causa básica (CID-10: C67). As taxas de mortalidade por 100 mil habitantes foram calculadas com base nas estimativas populacionais do IBGE. A tendência temporal foi avaliada por regressão de Prais-Winsten, com transformação logarítmica, cálculo da variação percentual anual (VPA) e IC95%. A VPA foi considerada crescente (positiva e significativa), decrescente (negativa e significativa) ou estacionária (p > 0,05). Resultados: Entre 2014 e 2023, foram registrados 44.839 óbitos por câncer de bexiga no Brasil, com predominância no sexo masculino e concentração nas regiões Sudeste e Sul. As maiores médias de mortalidade padronizada também foram observadas nessas duas regiões, superando a média nacional. A tendência temporal evidenciou crescimento da mortalidade no país, com destaque para a região Sul, que apresentou a maior variação percentual anual e foi a única com todos os estados em crescimento. No sexo masculino, Nordeste e Sul superaram a tendência nacional, enquanto no feminino todas as regiões apresentaram aumento, mas apenas Sudeste e Sul exibiram tendência acima da média, com todos os seus estados em crescimento. Roraima foi o único estado brasileiro a apresentar tendência de diminuição na mortalidade feminina. Conclusão: O estudo evidenciou um crescimento da mortalidade por câncer de bexiga no Brasil, especialmente nas regiões Sudeste e Sul, com uma tendência consistente entre os estados, exceto em Roraima, onde a mortalidade feminina apresentou queda.
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