A percepção da pessoa idosa sobre o processo de envelhecimento

Resumo

A pessoa é considerada idosa a partir dos 60 anos. No Brasil, existem 55,2 idosos com 65 anos ou mais para cada 100 crianças de 0 a 14 anos. Esse panorama destaca a fase tardia da vida adulta como uma etapa crucial do ciclo vital, caracterizada por mudanças físicas e psicológicas que podem agravar os desafios enfrentados por essa população. A partir disso, a autopercepção do envelhecimento representa um desafio constante, na medida em que envolve ganhos e perdas individuais e coletivas. Nesse viés, o objetivo deste artigo é abordar a percepção dos idosos sobre o envelhecimento, para compreender as questões e os fatores que influenciam esse processo e a experiência vivida por essa parte da população.Trata-se de uma revisão exploratória integrativa de literatura utilizando como critérios de inclusão artigos escritos em inglês e português, publicados de 2020 a 2024, relacionados à temática abordada e encontrados nas bases de dados Scientif Eletronic Library Online (SciELO), Google Scholar e, também, o Guia de Cuidadospara a Pessoa idosa, do Ministério da Saúde (2023) e do Censo do IBGE. O estudo foi orientado a partir da questão: “Qual a percepção da pessoa idosa sobre o processo de envelhecimento?”. Constatou-se, assim, que a autoavaliação dos indivíduos idosos acerca do envelhecimento pode variar de positiva ou negativa, de acordo com o contexto e os fatores associados. Dentre os aspectos da avaliação positiva do envelhecimento pode-se destacar: fatores relacionados à família e à moradia; à escolaridade, à ausência de doenças crônicas incapacitantes e à adoção de um estilo de vida mais saudável. A avaliação negativa compreende dificuldades visual e auditiva, obesidade, atribuição de maior número de patologias e nível educacional baixo. Recomendam-se futuras pesquisas mais aprofundadas a respeito das interações entre fatores biopsicossociais da autopercepção na senilidade.