Benefícios do uso de plantas medicinais como terapêutica para a leishmaniose: uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.1768Palavras-chave:
Leishmaniose, Plantas medicinais, Fitoterapia, Terapias complementaresResumo
Objetivo: Abordar os benefícios do uso de plantas medicinais para tratamento de leishmaniose em humanos, proporcionando baixo custo e diminuição de resistência aos quimioterápicos. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa realizada Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Public Medline (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Além disso, o Google Acadêmico foi utilizado de forma isolada para complementar a busca. Resultados: A revisão foi composta por oito artigos. Diversas plantas medicinais têm sido estudadas para o tratamento da leishmaniose. A Bidens pilosa e a Punica granatum mostraram eficácia contra o parasita, mas a Bidens pilosa também possui propriedades imunomoduladoras que podem afetar o controle da doença. A S. lucocarpum, A. glabra e S. striata também demonstraram atividade leishmanicida. A Zerumbone, presente em alimentos naturais, tem propriedades biomédicas diversas. A Jatropha multifida apresentou atividade antileishmania e inibição do crescimento bacteriano. Estudos com outras plantas, como Carthamus tinctorius, Pimpinella anisum, Cuminum cyminum, Cinnamomum verum e Alhagi persarum, mostraram eficácia contra o parasita. Essas plantas apresentam potencial como alternativas terapêuticas para a leishmaniose, entretanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar sua eficácia e segurança. Considerações finais: Esses estudos destacaram o potencial de várias plantas e extratos vegetais como fontes de compostos com atividade antiparasitária. Embora ainda seja necessário realizar mais pesquisas e estudos clínicos para avaliar sua eficácia e segurança, essas descobertas abrem caminho para o desenvolvimento de novas terapias e medicamentos contra a leishimaniose.
Downloads
Referências
ABREU MIRANDA, M. et al. In vitro Leishmanicidal and Cytotoxic Activities of the Glycoalkaloids from Solanum lycocarpum (Solanaceae) Fruits. Chemistry & Biodiversity, v. 10, n. 4, p. 642–648, 2013.
AL-MUSAYEIB, N. M. et al. In vitro antiplasmodial, antileishmanial and antitrypanosomal activities of selected medicinal plants used in the traditional Arabian Peninsular region. BMC Complementary and Alternative Medicine, v. 12, n. 1, p. 49, 20 abr. 2012.
ANANI, K. et al. Antimicrobial, Anti-inflammatory and Antioxidant Activities of Jatropha multifida L. (Euphorbiaceae). Pharmacognosy Research, v. 8, n. 2, p. 142–146, 2016.
ANDRADE-NETO, V. F. et al. Antimalarial activity of Bidens pilosa L. (Asteraceae) ethanol extracts from wild plants collected in various localities or plants cultivated in humus soil. Phytotherapy Research, v. 18, n. 8, p. 634–639, 2004.
BRASIL. Manual da vigilância da leishmaniose tegumentar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2017.
BRASIL. Leishmaniose. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/leishmaniose-2/>. Acesso em: 21 jun. 2023.
CALZADA, F.; YÉPEZ-MULIA, L.; AGUILAR, A. In vitro susceptibility of Entamoeba histolytica and Giardia lamblia to plants used in Mexican traditional medicine for the treatment of gastrointestinal disorders. Journal of Ethnopharmacology, v. 108, n. 3, p. 367–370, 6 dez. 2006.
CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. DPDx - Leishmaniasis. Disponível em: <https://www.cdc.gov/dpdx/leishmaniasis/index.html>. Acesso em: 15 jun. 2023.
DOSTÁLOVÁ, A.; VOLF, P. Leishmania development in sand flies: parasite-vector interactions overview. Parasites & Vectors, v. 5, n. 1, p. 276, 3 dez. 2012.
FALODUN, A. et al. Isolation of antileishmanial, antimalarial and antimicrobial metabolites from Jatropha multifida. Asian Pacific Journal of Tropical Biomedicine, v. 4, n. 5, p. 374–378, 1 maio 2014.
GARCÍA, M. et al. Screening of medicinal plants against Leishmania amazonensis. Pharmaceutical Biology, v. 48, n. 9, p. 1053–1058, 1 set. 2010.
GONTIJO, B.; CARVALHO, M. DE L. R. DE. Leishmaniose tegumentar americana. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 36, p. 71–80, jan. 2003.
HELLMANN, M. A.; MARCHESAN, E. D.; VELASQUEZ, L. G. Leishmaniose e plantas medicinais: uma revisão. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 22, n. 3, 2018.
HUSSAIN, K. et al. Therapeutic potential of medicinal plants against Leishmaniasis: a public healh concern. Bol. latinoam. Caribe plantas med. aromát, p. 123–131, 2021.
MALEKI, F. et al. In vitro and in vivo susceptibility of Leishmania major to some medicinal plants. Asian Pacific Journal of Tropical Biomedicine, v. 7, n. 1, p. 37–42, 1 jan. 2017.
MANS, D. R. A. et al. In vitro evaluation of traditionally used Surinamese medicinal plants for their potential anti-leishmanial efficacy. Journal of Ethnopharmacology, v. 180, p. 70–77, 2 mar. 2016.
MUKHERJEE, D. et al. Induction of apoptosis by zerumbone isolated from Zingiber zerumbet (L.) Smith in protozoan parasite Leishmania donovani due to oxidative stress. Brazilian Journal of Infectious Diseases, v. 20, p. 48–55, fev. 2016.
NUNES, G. D. L. (ED.). PARASITOLOGIA VETERINÁRIA. [s.l.] Editora Inovar, 2021.
OLIVEIRA, L. F. G.; GILBERT, B.; VILLAS BÔAS, G. K. Oportunidades para inovação no tratamento da leishmaniose usando o potencial das plantas e produtos naturais como fontes de novos fármacos. Revista Fitos, v. 8, n. 1, p. 33–42, mar. 2013.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Control of the leishmaniases WHO TRS n° 949. Disponível em: <https://www.who.int/publications-detail-redirect/WHO-TRS-949>. Acesso em: 15 jun. 2023.
PARANÁ. Leishmanioses. Disponível em: <https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Leishmanioses>. Acesso em: 20 jun. 2023.
PIRAJÁ, G. V. [UNESP; LUCHEIS, S. B. A vigilância epidemiológica de flebotomíneos como planejamento de ações de controle nas leishmanioses. Veterinária e Zootecnia, v. 21, n. 4, p. 503–515, 2014.
SAMPAIO, R. N. R. et al. Estudo da transmissão da leishmaniose tegumentar americana no Distrito Federal. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 42, p. 686–690, dez. 2009.
SANTIAGO, A. S.; PITA, S. S. DA R.; GUIMARÃES, E. T. Tratamento da leishmaniose, limitações da terapêutica atual e a necessidade de novas alternativas: Uma revisão narrativa. Research, Society and Development, v. 10, n. 7, p. e29510716543–e29510716543, 22 jun. 2021.
SHOOHANI, B.; HEMATI, A.; TAHERI MOGHADAM, M. Effects of Scrophularia striata Extract on Wound Healing in Rabbit. Journal of Ilam University of Medical Sciences, v. 17, n. 4, p. 9–16, 15 jan. 2010.
SILVA, A. A. S. et al. Estudo fitoquímico e atividades leishmanicida, anticolinestarásica e antioxidante de extratos de Annona glabra L. (araticum panã). Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, v. 36, n. 2, 1 abr. 2015.
VIZA, G. DE A. PLANTAS MEDICINAIS E LEISHMANIOSE CUTÂNEA: UMA REVISÃO. REVISTA CEREUS, v. 11, n. 4, p. 84–98, 20 dez. 2019.
ZAHIRI, M. et al. Therapeutic Effect of Scrophularia striata Ethanolic Extract against Localized Cutaneous Leishmaniasis Caused by Leishmania major (MRHO/IR/75/ER). Iranian Journal of Public Health, v. 45, n. 10, p. 1340–1347, out. 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
ARK
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.